A Associação
Internacional de Incontinência Urinária define a Incontinência Urinária (IU)
como perda involuntária de urina, transtorno desconfortavelmente constrangedor
a ponto de muitas pessoas não procurarem ajuda.
A IU atinge
ambos os sexos, porém o sexo feminino aponta uma maior porcentagem, segundos
estudos, isso se deve pela mulher apresentar em sua anatomia um orifício a mais
que os homens (o canal vaginal), a pelve mais alargada e a parede da
musculatura esfincteriana menor que a masculina. Esses fatores tornam a musculatura
da mulher mais delicada e assim mais suscetível a IU, contudo a ocorrência no
sexo masculino se deve na maioria das vezes pós-cirurgia na região pélvica ou a
patologias neurológicas. Quanto à faixa
etária, de crianças a adultos, ninguém se livra da possibilidade, porém as 5ª e
6ª décadas de vida apresentam maior índice, 15% a 30% das mulheres acima de 60
anos perdem a urina incontrolavelmente.
A IU pode ter várias causas, como sedentarismo
somado ao trabalho sentado por demasiadas horas, a gravidez, o parto,
tratamento de câncer de próstata, diminuições de hormônios femininos na menopausa,
patologias neurológicas como Parkinson e lesões medulares, entre outras.
São três, os
tipos mais incidentes de IU:
· Incontinência Urinária de Esforço: relacionada ao comprometimento (fraqueza ou
frouxidão) da musculatura dos esfíncteres ou assoalho pélvico, ocorre durante o
esforço, como: tosse, espirro, riso, atividade física.
· Incontinência Urinária de Urgência: relacionada a
contrações inadequadas do músculo detrusor (responsável pela contração da
bexiga para expulsar a urina) durante a fase de armazenamento da urina. É mais
grave do que a de esforço e caracteriza-se pela vontade súbita de urinar em
meio a atividades diárias e normalmente o indíviduo perde urina antes de chegar
ao banheiro.
· Incontinência Mista: resultante da associação entre os dois tipos citados
acima, sendo seu sintoma mais importante a incapacidade de controlar a perda de
urina pela uretra.
E três tipos menos
ocasionais: Incontinência de Sobrefluxo – o excesso de urina na bexiga sai
involuntariamente; Incontinência de Gotejamento pós-miccional – causado por
disfunção do esfíncter e Enurese Noturna nas crianças – devido a um estado
emocional de insegurança, por exemplo, ou inflamação da bexiga.
A avaliação para
a diagnóstico de qual tipo é a IU, é o passo mais importante para o tratamento
eficaz. O médico urologista/ uroginecologista tem que fazer uma avaliação clínica
criteriosa e em alguns casos faz-se também o exame urodinâmico, que é pouco
invasivo e registra a ocorrência de contrações vesicais e a perda da urina por
esforço.
Cada tipo,
portanto, terá uma forma de tratamento, em suma, a IU por Esforço pode ser tratada
cirurgicamente e com exercícios Fisioterápicos com o objetivo de fortalecer a
musculatura do assoalho pélvico. A IU de Urgência é tratada de forma
Farmacológica Fisioterápica. Os fármacos consistem em cápsulas com substâncias
anticolinérgicas que evitam a contração vesical, podem ser recomendados pela
vida toda e causam alguns efeitos colaterais, como boca seca, obstipação e
rubor facial. A Fisioterapia assim como na IU por Esforço, tem o objetivo de
fortalecer a musculatura esfincteriana. Também pode ser recomendado da IU de
Urgência o tratamento psicológico, já que existem estudos que comprovam a
associação de estados de estresse e ansiedade a disfunções miccionais.
Como o Método Pilates tem entre os seus objetivos
fortalecer a musculatura do CORE – musculatura do assoalho pélvico e centro do
corpo (oblíquos, transverso do abdômen, reto abdominal, multífidos, quadrado
lombar e glúteos), estudos comprovam a eficácia do método do tratamento da IU.
Entre os importantes princípios do Pilates, está a RESPIRAÇÃO, esta deve ser
sempre muito bem observada pelo instrutor em todos os casos, sobretudo nos
pacientes com IU, já que um erro comum durante a execução de exercícios – a manobra
de valsava (prender a respiração durante a tarefa) aumenta a pressão intra-abdominal
gerando uma maior sobrecarga do assoalho pélvico.
Mas como toda e
qualquer patologia não podemos deixar de falar sobre a importância da Prevenção. Ainda faltam estudos
embasados que estabeleça o que realmente funciona, de qualquer forma, é
importante evitar a obesidade e alto ganho de peso durante o período
gestacional. Além de evitar ao máximo o sedentarismo, entre as variadas opções
de atividades físicas propostas no mercado, você tem como opções o Pilates, o
Treinamento Funcional e Exercícios Fisioterápicos que focam no fortalecimento
do CORE, que comprovadamente diminuem a frequência urinaria, a urgência
miccional e perdas urinárias por esforço.